Com duas semanas de vida a Amora e seus três irmão ficaram ófãos... a mãe saiu para passear e não voltou mais (sei que o vizinho a matou). Meg, minha primeira poodle, tinha problemas com gravidez psicológica e imediatamente, vendo a caixa vazia de uma mãe e vendo os filhotes com fome - os adota. Lógico que eu complementei a alimentação com um leite da Nestlé para bebês, naquela época não havia todo este material que se encontra hoje nos pets. E assim, estes gatinhos passaram a ter problemas de identidade: cachorros ou gatos? A Zazá foi a primeira a desaparecer, depois o Jedi e ficaram a Amora e a Felícia.
As duas sempre tiveram um bom relacionamento com cachorros... Amora pegava a cabeça do Toffee entre as patas e ficava limpando a orelha dele por horas... limpava o rosto... sempre estava deitada ao lado de um cachorro. Já tinha mais de dois anos e ainda mamava na Meg, mesmo sem leite, como se fosse uma chupeta...
Com o tempo ficou gordinha, por isso, quando percebi que estava emagrecendo vi que algo errado acontecia, mas os exames deram normais.
Uma gata tranquila, tinha um olhar bravo, mas era muito meiga, amorosa, fez jus ao nome, sempre em companhia de outros gatos, dormindo juntos, para aproveitar o calor, principalmente no inverno!
Tinha uma sabedoria típica que se adquire com a idade...
Não fugia para outros quintais...
Enorme prazer ao comer... a forma volumosa assim a delatava...
Adorava ser escovada... ouvia o som da escova de longe...
quando percebia já estava ao meu lado pedindo escovadelas!
Gosta de subir em cima da estante... dormir, dormir... vigiar... dormir...
Tinha altas conversas comigo...
Muito atenciosa...
No inverno, achava um espaço na minha cama para dormir comigo!
Por não fugir, conseguiu o direito de ficar no jardim o tempo que quisesse... e aproveitava deste direito, sábados e domingos quando acordava lá estava ela na porta para sair... voltava quando a fome e a sede apertavam... deitava no meio das plantas, quando estava frio, ficava ao sol para se aquecer, e no verão buscava a sombra.
Quando ficou realmente doente, o jardim era o que ela mais queria.
Mas esta gatinha desenvolveu um hábito (aprendeu com quem???? não se sabe) de beber água somente da torneira... para beber de um pote tinha de ver a água sendo colocada... subia na pia e ficava lá esperando até alguém abrir a torneira, ia para o quintal, entrava no tanque e ficava lá esperando... pacientemente até alguém abrir a torneira... nos últimos meses estava com dificuldades de subir sozinha, mas ficava esperando até alguém colocá-la perto da torneira. Hábito este que ensinou para vários dos gatos e especialmente para os novos, principalmente para Nina e Horácio... fazem a maior festa!
Até para beber água era toda delicada, desenvolveu uma técnica especial... deixava a água cair pelo pescoço, recolhia pela pata e lambia! Ou simplesmente colocava a língua embaixo da torneira e lá ficava deixando a água cair!
15 anos bem vividos!!!
15 setembro 1997/ 28 dezembro 20012
Nenhum comentário:
Postar um comentário