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sábado, 26 de janeiro de 2013

Nova York - Will Eisner

Um livro que fala não só de Nova York mas de todas as grandes cidades... mas é um livro muito triste... há tanta tristeza e solidão, violência e falta de amor ao próximo na cidade de Eisner... falta  esperança ao ser humano... que enquanto estiver preso entre as prédios será sempre infeliz e miserável.


Eisner faz uma homenagem a São Paulo retratando os assaltos nos semáforos. Mas em São Paulo (ou no Brasil) não sei se somos tão infelizes assim... há parques, há músicas, há espetáculos, há famílias que ainda se reúnem, há sol... apesar de estarmos caminhando para a sordidez do comportamento humano, ainda somos um povo que ajuda, que está sempre em movimento para causas pró humanas, ou pró animais, ou pró natureza... mas somos um povo de engajadores. 
Bem... eu não não moro na cidade de São Paulo, em meio aos prédios para saber como exatamente é... mas o centro de Osasco está se transformando, cada vez mais prédios, um ao lado do outro... mas o colorido ainda se mantêm, e eu ainda não percebo tanta infelicidade assim! 

A Velha e a Flor

Elias Sperandio (marido da Gabriela) escreveu um pequeno livro, eu diria que seria possível lê-lo enquanto se espera para ser atendida em algum consultório... mas do jeito que o tempo de espera anda é sempre bom levar um livro das Crônicas de Gelo e Fogo..., mas voltando à Velha e a Flor é um livro muito gostoso de ler, um suspense com final surpreendente! Eu recomendo!



Noite de autógrafo com Gabriela, Elias, Rosário e Eu. 1º de novembro de 2012




sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar

Em dezembro terminei a trilogia Millenium: "A menina que brincava com fogo" e "A rainha do castelo de ar". Escrever não é um negócio para todos, mas Stieg Larsson sabe escrever... sabe prender a atenção do início ao fim do livro... três livros, e ele conseguiu esta façanha (o terceiro volume foi menos emocionante, mas não deixa de ter seu mérito)... queria muito ter este talento: criar tramas, suspenses, enveredar por caminhos surpreendentes e deixar a todos surpresos!


No livro "A menina que brincava com fogo" ainda apresenta os mesmos personagens do primeiro livro: Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, a história começa dois anos depois dos eventos do livro anterior. Lisbeth está rica, não fala com Mikael, mas a vida dos dois irão se cruzar novamente. Acusada de três homicídios, Mikael faz de tudo para provar sua inocência e parte à caça do assassino. Neste livro vários aspectos da personalidade de Lisbeth são explicados, deixando claro o porque do estranho comportamento, às vezes agressivos, arredio, a repulsa para lidar com a polícia ou qualquer agente que pudesse ajudar contra as violações que ela sofre ou sofreu. O passado se desvenda!


O terceiro livro "A rainha do castelo de ar" é uma sequência direta do segundo. É a continuação da história anterior onde todas as mentiras são reveladas, todos os complôs para esconder a verdade veem à tona o que significa que muitas cabeças vão rolar se os eventos tornarem-se públicos. Então inúmeras tentativas de que isto não ocorra acontecem, e se não fosse a perspicácia de Mikael, junto com os amigos que Lisbeth nem imaginava que tinha, estas mentiras a levariam definitivamente a ser internada como doente mental.
Livros surpreendentes! Um vislumbre da sociedade sueca,  o que nos leva a uma inevitável comparação com a nossa...  

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

The Killing

É uma série norte americana baseada na Forbrydelsen (Dinamarca), que segundo críticas é maravilhosa; a adaptação não é tão esplêndida assim, mas é boa. Desejo muito ver a versão original, mas ainda não consegui. Sobre a série: ambientada em Seatle - eu não sabia que chovia tanto naquele lugar, mas do que na floresta Amazônica... chove o tempo todo, e ainda não descobri se é um artifício para representar o lúgubre, a tristeza... mas chove muito, os personagens nem usam guarda-chuva, as roupas já são impermeáveis.


Sarah Linden é uma detetive com muitos traumas, abandonada pela mãe quando criança, viveu em lares adotivos até a vida adulta, não teve uma adolescência fácil, fugia constantemente, e esta história pessoal faz com que abrace alguns casos de forma dramática, o que a leva a um inconsciente processo autodestrutivo: não come, não dorme, não cuida do filho (e já quase perdeu a guarda dele), perdeu o noivo e o casamento... Tem como parceiro Stephen Holder, um policial tentando recuperar-se do vício de drogas.
No desenrolar da história ela segue tantos caminhos que prejudicam outros (um professor e o parceiro serem espancados quase à morte, um candidato a prefeito ficar paraplégico, levar um pai à prisão porque acreditou estar vingando a morte da filha, um rapaz ao suicídio...) que é incrível ela não ter largado tudo para se casar na Califórnia com o noivo lindo... 
No início a série até lembra Without a trace, quando se descobre segredos de uma pessoa desaparecida... os segredos fizem parte de nós seres humanos - ninguém conhece ninguém, isto é verdade, sempre há um lado que fica escondido de um determinado público. Mostramos aquilo que queremos mostrar, que queremos que os outros conheçam, que não choque, principalmente quando há uma divergência do padrão normal da sociedade e sabemos que seremos criticados... pela frente ou pelas costas! Estamos sempre usando máscaras!
A princípio Rosie mostrou-se uma garota com péssimos segredos, ligada à prostituição virtual, e... porque ninguém conseguia entender como ela foi parar morta naquele lugar. Como e por quê??? eram as questões de Sarah, que aliás teve que lidar com segredos de todos os envolvidos... e se alguns destes tivessem sido revelados espontaneamente, tantas tragédias teriam sido evitadas (mas aí a trama não teria graça)... como o caso do professor que passou a ser visto como terrorista e molestador de menores quando na realidade salvava crianças de práticas abusivas e arcaicas - se tivesse revelado (mas não seria compreendido) não teria sido sequestrado e espancado quase à morte; ou o caso do político que escondeu a tentativa de suicídio, porque o público não compreenderia, seria considerado um covarde, consequência: foi preso por assassinato e levou tiros de um amigo da família da vítima, desencadeando neste uma patologia psicopata, levando-o antes a matar a mãe e depois ao suicídio. Tantos segredos e tantas tentativas de acobertar o crime levaram à desintegração de famílias (a da própria Sarah), destruição de caráter de vários personagens... para no final descobrir que Rosie foi vítima por estar no lugar errado na hora errada... ela só queria descobrir o mundo, viajar, descobrir a felicidade...
E o pior, principalmente para Sarah, foi descobrir o assassino... ser morta por que alguém também queria ser feliz, ser morta por engano, por quem menos se esperava... trazendo mais tragédias para a família que passa a ter como único objetivo recomeçar a viver. 
No final da segunda temporada Sarah sai do carro ao recusar responder a uma chamada... quero acreditar que ela foi resgatar o filho, que terminou indo morar com o pai, por segurança, e depois embarcou para a Califórnia para casar com o noivo bonitão!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Diários de Motocicleta

No segundo semestre, meus alunos assistiram ao filme "Diários de Motocicleta", depois solicitei um relatório onde poderiam narrar a história da forma como entenderam. Recebi trabalhos com uma única frase, com um parágrafo, com meia página, pouquíssimos com uma página cheia. Reclamei com os alunos da preguiça que os cerca, impossível um filme em que tantos fatos ocorreram eles não se lembrassem de nada. Um aluno me desafiou a escrever mais de uma página - mesmo sabendo que sendo eu a professora deveria saber mais que eles. Mas o garoto tinha certeza de que não havia assunto para mais de uma página. Escrevi três, e poderia ter colocado mais...
Segue-se abaixo o meu texto:


O filme relata a história de Ernesto Guevara e Alberto Granado e de uma viagem que fizeram da Argentina à Venezuela, boa parte de motocicleta.
Em janeiro de 1952, Ernesto - estudante de medicina já no fim do curso e com asma, e Alberto - bioquímico, iniciam sua jornada com alguns objetivos: conhecer a América Latina, chegar ao leprosário de San Pablo (porque Ernesto desejava se especializar no tratamento da lepra) e comemorar os 30 anos de Alberto.
A bordo da motocicleta - A Poderosa - eles descem a Argentina em direção à Patagônia, onde visitam Chichina, a namorada de Fuser (apelido de Ernesto). Em seguida, sobem em direção ao Chile, seguindo a borda da Cordilheira dos Andes.
Muitas são as paradas, principalmente ocasionadas pelas quedas da moto, que precisa constantemente de consertos.
Perdem a barraca durante uma tempestade, a comida acaba, o dinheiro também. Ainda no Chile começam a pedir abrigo e alimento para os moradores locais que encontram pelo caminho.
Alguns ajudam, outros não. A postura de Alberto nem sempre ajuda - mentir para conseguir favores, em confronto com a extrema sinceridade de Ernesto.
Às vezes, quando a situação fica insuportável Ernesto participa dos "jogos" para conseguir algo, como publicar em um jornal local a história de famosos médicos em viagem pela América. Assim, eles conseguem consertar a moto sem pagar um centavo, ainda comer e participar de festas.
Ainda no Chile eles perdem a Poderosa, que não aguentou tantas quedas.
Seguem a viagem à pé. Assim chegam ao Deserto de Atacama, conhecem a realidade dos mineiros - o primeiro contato com um povo que é explorado por grandes proprietários, o primeiro contato com a miséria extrema.
Conhecem a realidade dos pequenos agricultores, que perdem suas terras e plantações para os grandes proprietários. Mas como disse um deles: "é necessário seguir em frente, porque tenho filhos para sustentar, não posso ficar preso ao passado."
No Chile conhecem a antiga cidade construída pelos incas, entram em contato com mulheres quichuas e as suas necessidades de trabalhar, a ausência de estudo...
Ficam assombrados com Machu Picchu e com a capacidade dos povos antigos em construírem imensa obra para, nos dias atuais, estarem imersos na miséria e caos urbano.
Com fome, roupas rasgadas, sem dinheiro chegam à Lima onde encontram o médico, especialista em lepra, mas que também apresenta-os aos problemas indígenas.
O médico os acolhe, oferece roupa, dinheiro, alimento e estágio no hospital. Partem enfim para a ilha de San Pablo, onde há um leprosário que atende não só à população do país, mas também aos países vizinhos.
São duas ilhas: a do norte, aloja médicos, enfermeiras, freiras e funcionários - os sãos; a do sul, abriga 600 pacientes em tratamento - os doentes.
Pacientes que devido ao preconceito perdem trabalho e família, na ilha criam uma comunidade: constroem casas, plantações, criam animais.
A sinceridade, a humildade e o desapego a normas fazem com que Ernesto conquiste a todos facilmente. Alberto conquista pelas brincadeiras e despojamento. Ernesto ouve, reflete e no silêncio suas ideias vão amadurecendo. No dia de seu aniversário, no discurso em meio à festa Ernesto lança suas primeiras reflexões. Alberto percebe a mudança... o amigo não é mais o mesmo. Tanto que, Ernesto faz questão de passar seu aniversário no lado dos doentes, atravessando a nado o rio. 
Saem do Peru em uma barca e pelo rio atravessam a Colômbia até chegarem na Venezuela. Alberto aceita um trabalho em Caracas, e Ernesto volta de avião.
Ao despedirem-se Ernesto já não sabe se terminará o curso de medicina. Ele presenciou muitas injustiças e tem muito em que pensar.
De médico de homens ele se transformará em médico de almas.



  

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Amora

Com duas semanas de vida a Amora e seus três irmão ficaram ófãos... a mãe saiu para passear e não voltou mais (sei que o vizinho a matou). Meg, minha primeira poodle, tinha problemas com gravidez psicológica e imediatamente, vendo a caixa vazia de uma mãe e vendo os filhotes com fome - os adota. Lógico que eu complementei a alimentação com um leite da Nestlé para bebês, naquela época não havia todo este material que se encontra hoje nos pets. E assim, estes gatinhos passaram a ter problemas de identidade: cachorros ou gatos? A Zazá foi a primeira a desaparecer, depois o Jedi e ficaram a Amora e a Felícia.


As duas sempre tiveram um bom relacionamento com cachorros... Amora pegava a cabeça do Toffee entre as patas e ficava limpando a orelha dele por horas... limpava o rosto... sempre estava deitada ao lado de um cachorro. Já tinha mais de dois anos e ainda mamava na Meg, mesmo sem leite, como se fosse uma chupeta...


Com o tempo ficou gordinha, por isso, quando percebi que estava emagrecendo vi que algo errado acontecia, mas os exames deram normais.


Uma gata tranquila, tinha um olhar bravo, mas era muito meiga, amorosa, fez jus ao nome, sempre em companhia de outros gatos, dormindo juntos, para aproveitar o calor, principalmente no inverno!


Tinha uma sabedoria típica que se adquire com a idade... 
Não fugia para outros quintais...
Enorme prazer ao comer... a forma volumosa assim a delatava...
Adorava ser escovada... ouvia o som da escova de longe...
quando percebia já estava ao meu lado pedindo escovadelas!


Gosta de subir em cima da estante... dormir, dormir... vigiar... dormir...


Tinha altas conversas comigo...


Muito atenciosa...


No inverno, achava um espaço na minha cama para dormir comigo!


Por não fugir, conseguiu o direito de ficar no jardim o tempo que quisesse... e aproveitava deste direito, sábados e domingos quando acordava lá estava ela na porta para sair... voltava quando a fome e a sede apertavam... deitava no meio das plantas, quando estava frio, ficava ao sol para se aquecer, e no verão buscava a sombra. 
Quando ficou realmente doente, o jardim era o que ela mais queria.


Mas esta gatinha desenvolveu um hábito (aprendeu com quem???? não se sabe) de beber água somente da torneira... para beber de um pote tinha de ver a água sendo colocada... subia na pia e ficava lá esperando até alguém abrir a torneira, ia para o quintal, entrava no tanque e ficava lá esperando... pacientemente até alguém abrir a torneira... nos últimos meses estava com dificuldades de subir sozinha, mas ficava esperando até alguém colocá-la perto da torneira. Hábito este que ensinou para vários dos gatos e especialmente para os novos, principalmente para  Nina e Horácio... fazem a maior festa!


Até para beber água era toda delicada, desenvolveu uma técnica especial... deixava a água cair pelo pescoço, recolhia pela pata e lambia! Ou simplesmente colocava a língua embaixo da torneira e lá ficava deixando a água cair!
15 anos bem vividos!!!


15 setembro 1997/ 28 dezembro 20012

 








Teddy

O Teddy veio para casa no dezembro de 1997, estava vagando numa das ruas de Osasco, e minha irmã Aurora o pegou, era para ela, mas o marido mal humorado não queria cachorro em casa, então ela deixou lá em casa, na mesma época veio o Toffee e foi ódio à primeira vista, de imediato eles sempre se atracaram, no início dava para conviver com as brigas, não eram constantes, e eles tinham medo das nossas reações. 


Para cachorros o dono não é quem paga conta e vai embora... o dono é aquele que fica com ele todos os momentos, alimentá-o, passeia com ele, dá remédio (mesmo que ele não goste), dá bronca, faz carinho, cócegas, limpa sua sujeira... então o Teddy me adotou como dona. E com o tempo minha irmã não se preocupou mais com ele. Vinha para visitas, ele fazia festas... mas depois ia deitar aos meus pés!


E assim foi por 15 anos (ele já tinha uns dois anos quando foi encontrado). Tinha um problema crônico de ouvido que nunca sarou... provavelmente tinha gastrite (o que atrapalhou alguns dos tratamentos porque o estômago não aceitava os remédios e provocava sangramentos) começou a ter problemas renais e foi curado com a homeopatia (mesmo que o dr. Marcelo não acredite)... depois o coração começou a ficar fraco, e a medicina ortomolecular o ajudou (mesmo que o dr. Marcelo não acredite) fortalecendo o coração e dando um ânimo extra. Mas ele não resistiu às calcificações na coluna, poderia ter tentado a acupuntura, mas eu não recursos financeiros para tal, e nem tempo para levá-lo. Foi parando de andar... até não querer mais viver!


Ele passou a ser minha sombra... onde ia, lá estava ele atrás de mim, chorava quando não podia, latia, latia, até eu ir falar com ele. Nos últimos dias, levantava a cabeça me procurando, depois voltava a dormir. Nos últimas semanas dormia mais de 20 horas por dia, acordava só para comer, beber, tomar os remédios e fazer as necessidades. De vez em quando, levava ele para um passeio, segurando-o para não cair, mais para animá-lo um pouco.
Houve uma época que ele vomitava muito, e fazia questão de fazê-lo na minha cama. Um dia, estava eu preparando a janta, e ele deitado no sofá, de repente, ele levanta vai até o meu quarto e eu o pego vomitando em cima da minha cama. Ele foi de um cômodo a outro só para vomitar. Depois disso, sempre tinha um lençol velho em cima da cama. 


Com o tempo as disputas com o Toffee foram ficando piores e os dois ficaram isolados... estragaram estantes e fogão ao marcarem territórios... não teve jeito, comprei um portão para separá-los, e cada um no seu lado ficavam rosnando um para o outro, por horas... mesmo doentes - os dois - ficavam rosnando. Senti falta disso quando o Toffee se foi... 
Uma vez, cometi a besteira de soltá-lo para ir de encontro à minha irmã que estava chegando em casa, e ele foi fazer festa no meio rua, correndo como um louco, quase foi atropelado. Nunca mais!
Cachorro quando experimenta o gosto da rua nunca mais esquece. Ele tinha um prazer enorme de passear! 
Marcava todos os postes, sacos de lixos... 


Ele tinha um jeito todo especial de tomar água... como se apreciasse cada gole, dava uma micro pausa e mais um gole...
Tinha problemas de convivência com o Toffee, mas adorava os gatos, a Lisa e a Sookie!
Adorava pêssego e tangerina... mas tinha que ser bem doce!
Quando me via com uma fruta na mão ficava com aquele olhar de também quero, às vezes comia vários pêssegos (daqueles pequenininhos) e eu tinha que esconder para que não acabasse com tudo. Nunca engoliu semente ou caroço!


Depois que a Meg faleceu, ele assumiu o posto e passou a dormir aos meus pés... não me deixou mais! Só nos últimos meses não deixei, para que ele não caísse da cama e machucasse ainda mais as costas, mesmo assim, ele passou a dormir ao meu lado num caminha própria.
Foram 15 anos juntos, mas parece tão pouco a falar... foi uma vida tranquila, algumas doenças, tratamentos difíceis porque ele não aceitava tomar remédio, então era colocado no meio da comida em patê, ele nem percebia, quando acontecia, já era tarde, já tinha engolido...mas ele bem que gostava porque era uma comida legal a mais, quando me via com uma seringa na mão, corria como um louco pela casa para que eu não o pegasse... e eu nunca consegui... Quando os problemas de saúde começaram a ficar sérios  ele se rendeu... eu conseguia colocar comprimidos na boca, ou chegar perto com seringas para administrar remédios ou comida.


Quando mais jovem gostava de brincar com bolinhas... depois elas perderam a graça. Adorava algumas visitas, particularmente da Aurora e do Octávio, com os outros latia, ameaçava morder, mas era só fazer um carinho que ele se rendia... 
Ele ficava especialmente lindo quando o pelo ficava grande e voltava do banho parecendo um urso polar... era meu ursinho!


Teddy - 15 dezembro 1995/ 19 dezembro 2012









Perdas de 2012

Este foi um ano de perdas.


Em junho, perdi o Toffee, de repente, começou com a perna mancando, terminou com um tumor no baço e uma impossibilidade de se recuperar da cirurgia, um processo de durou trinta dias... 


Em dezembro, pouco antes do Natal, perco o Teddy. Já era esperado, 17 anos é muito tempo para um cachorro. Mas o coração ainda estava resistindo, havia se curado de problemas renais, mas foi a calcificação na coluna que acabou com ele. Foi piorando, piorando... parou de andar, e meio que ele foi desistindo, não conseguia mais comer, nem beber água... e me deixou outro vazio!


E aí no dia 23, a Amora começa a passar mal... assim, de repente, também com 15 anos, emagrecendo consideravelmente nos últimos anos, sem justificativa, começa a ter dificuldades para andar, recusa comida e água, mesmo estando visivelmente com fome e sede. Foi um Natal de agonia... médico viajando, clínica só abre após o Natal, mas ela já estava morrendo... do quê? não sei... nem foi possível realizar exames para descobrir o que estava acontecendo... ainda resistiu por dois dias, com soro, deu sinais de melhoras, mas... de repente, tudo piorou e ela não sobreviveu!
Mais um vazio!
Vazios difíceis de aceitar!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A revolucionária do jardim


Há aqueles que pegam em armas para tirar um ditador do poder...


Há aqueles que lutam para salvar pessoas das misérias impostas por governos corruptos...


Há aqueles que lutam para salvar animais...


Há aqueles que lutam para salvar florestas...


Há aqueles que lutam para salvar o planeta...


Todos são revolucionários... lutam contra a ignorância, a riqueza, a corrupção, a desigualdade...


A minha luta é menor... luto pelo direito de ter um jardim...
E acredito que no futuro será uma luta para outros...
Porque é muito fácil ficar com discursos de salvar o planeta, os pobres, os animais, mas não tem um cachorro, um gato ou um vaso de planta!!!

Orquídeas Verão 2012


Sobreviver numa cidade que só quer ver cimento...


Não só às lagartas, lesmas e caramujos inimigos naturais...


Sobreviver à fúria dos que não aguentam cuidar delas...


Que não permitem perceber que o céu é imensamente mais azul e mais bonito...


E o amarelo trás uma alegria indefinida à alma...


Assim como o rosa e o violeta trazem paz ao coração...


E uma sensação de riqueza e prosperidade ao se cercar de tantas flores...


Felizmente elas continuam resistindo... teimam em aparecer para os que cuidam delas, teimam em deixar felizes aqueles que se preocupam!