FIZZIE
(3/8/99 - 7/10/17)
Foi a única dentre os felinos que não foi abandonada e depois adotada. Única vez que comprei um pet.
Sempre quis um siamês, e lá estava ela numa grande ninhada de gatinhos siameses... e não resisti, peguei uma (um mês depois ganho de presente o irmão que havia sobrado - Tantor).
E finalmente uma siamesa fez parte da minha "coleção" de gatinhos, com seus intensos olhos azuis.
No princípio era uma gatinha muito elétrica e terminou ganhando como nome o apelido de uma colega da faculdade - Fizzie.
Foi uma gatinha mignon, não cresceu muito, não engordou... uma eterna filhote. Quando filhote, tinha o hábito de dormir nos meus pés - eu dormia na parte de cima de um beliche - e segundo relatos eu terminava chutando ela, que voava batendo na porta do guarda-roupa... evento que se repetiu inúmeras vezes... será que foi isso que a impediu de crescer?
Esta é a única foto em que ela está acompanhada de outro gato, provavelmente não percebeu a invasão do espaço.
Não sei quando começou... mas ela não se reconhecia como gata, não gostava de nenhum gato perto dela (principalmente o irmão)... e foi assim até os últimos momentos... também não se reconhecia como cachorro... não gostava deles perto dela.
Ela se reconhecia como gente... tinha altas conversas comigo... encasquetava em conversas sem fim... e eu concordando e respondendo! E assim foi o mundo dela - cercada de gatos e cachorros por todos os lados e só querendo o contato humano.
Não podia me ver sentada e lá vinha para o colo!
Ainda, quando filhote e tinha toda aquela energia, um dia, aproveitando que todos estavam trabalhando, ela fez um buraco na porta do banheiro e conseguiu fugir pela janela... quando cheguei em casa encontrei uma carnificina... ela matou nove rolinhas - sozinha.
Tinha o dom de cair sempre que dormia - não importa onde, ia escorregando, escorregando até cair, o que era um perigo quando dormia em cima do estabilizador que fica na parte mais alta da escrivaninha... e de repente, ouvia aquele estrondo e coisas caindo... era a Fizzie caindo do alto.
Não sei como nunca se machucou gravemente... levantava cambaleando até se aprumar novamente. E sim, ela caiu quando estava dormindo na foto abaixo.
Quando chegou os catorze anos descobri que já estava começando a desenvolver problemas renais e então tratei de começar com a homeopatia... e no final, aos dezoito anos o fígado a levou de forma tão rápida e inacreditável. Um dia chego em casa e ela está miando muito, reclamando de algo que está errado. E eu, estava tão cansada, querendo dormir um pouco, mas, os miados não deixaram e corri ao veterinário para ter a chocante notícia sobre o fígado. Os olhos já estavam totalmente amarelos. Era o fim!
No veterinário já tem o primeiro mal estar quando recebe soro com medicação...
Faleceu 48 horas depois do diagnóstico, assim de repente, no início da madrugada. Só resta o consolo de que não foi um longo tempo de sofrimento...
E... eu perdi minha amiguinha que tinha longas conversas comigo e corria para o meu colo assim que eu sentava em frente ao computador... Dezoito anos... uma longa vida, mas para mim muito rápida!
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