Livros na quarentena
Eu não consigo ler no ritmo que gostaria, tendo que fazer home office, quando se diz que se trabalha mais em casa é verdade...
Quando a quarentena começou estava no início do livro Jonathan Strange & Mr. Norrell, um livro de 821 páginas. Não conhecia a história, mas fui atraída pela mini série, e tenho como regra pessoal primeiro ler o livro depois assistir à série ou filme, normalmente para me arrepender, já que o livro supera em qualidade.
Mas, o tema do livro é atraente... magia, magos da Inglaterra no século XIX, com uma introdução de Neil Gaiman que adorou o livro... como dar errado? como não gostar?
A história, realmente, não é ruim - mas, o livro é muito chato... a leitura não avança... as notas de rodapé são mais interessantes que a história em si. Sofri com a leitura deste livro. Às vezes, a história engrena depois 1/4 do livro lido - não aconteceu; então vamos ver se engrena nos 50% do livro - e não aconteceu... quando chegou neste ponto parei a leitura, comecei outro, terminei e retornei... e a leitura não engrenou... só nos últimos capítulos é que começou a ficar interessante.
Finalmente, depois de muito tempo, terminei o livro!
E com muito receio assisti à mini série... que é mais dinâmica que o livro, mesmo assim o sono me pegou, modificações foram realizadas, mesmo com sete episódios ocorreram muitos cortes na história.
Entre o livro e a série, comece pela série, se interessar vá para o livro.
Para descansar do livro anterior, que parei de ler quando chegou na metade, comecei este maravilhoso "A Vegetariana", que talvez tenha surpreendido porque não aguentava mais a outra história.
É um livro simples, leitura fluida, quando uma mulher totalmente normal, e foi escolhida pelo marido exatamente por ser normal e sem graça, decide dar um basta nos desmandos da sua vida quando torna-se vegetariana. E uma decisão simples termina por envolvê-la numa violência por parte da família que não aceita e nem tenta entender sua decisão.
Parar de comer carne foi a forma que ela encontrou para dar um basta em obedecer regras impostas, de ser o que os outros querem que ela seja, de ser o que ela deve ser para a sociedade e não para ela mesma. E esta simples decisão leva a ações extremas!
É um livro para mulheres, e eu acho necessária muita sensibilidade para um homem gostar deste livro.
Porque é um livro para profundas reflexões!
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