2013 foi o ano da Mônica do Maurício de Sousa. Ela completou 50 anos de publicação e foi um estouro o show de publicações e eventos para comemorar o aniversário da baixinha, dentuça e gorducha!
Gibi em forma de mangá...
Pequenos vídeos... até dos personagens bebês...
Mas... o que marcou mesmo foi o Mônica Parade!
50 bonecos da Mônica foram distribuídos pela cidade de São Paulo... 50 artistas coloriram e customizaram as estátuas...
Alguns trabalhos ficaram muito bonitos, repletos de detalhes, incluindo o coelhinho Sansão...
Infelizmente, outros nem tanto.
Eu estava me sentindo frustrada porque não conseguiria ver as estátuas... então a exposição foi finalizada no shopping Eldorado onde consegui vê-las (só não encontrei quatro)... Fiquei encantada com o que vi!
Afinal a Mônica faz parte da minha história... aprendi a ler com os gibis da Mônica e da Disney e estas coisas ficam marcadas para sempre na nossa memória e imaginário!
Ainda tenho um ou outro exemplar (esta minha mania de preservar o passado) mostrando como os traços foram evoluindo, como foram ficando mais rechonchuda.
Atualmente descobri que Maurício de Sousa tem a mesma idade do meu pai, e me pareceu estranho, porque achava ele bem mais velho... Típico... toda criança acha todo adulto muito velho! Mas, ao mesmo tempo é como se não tivesse envelhecido... sempre do mesmo jeito, o mesmo rosto... bem, nunca o encontrei pessoalmente para reparar nos detalhes.
Mas o incrível é como um personagem pode influenciar a tantos e por tanto tempo e ainda se manter atual.
Um dia uma professora estava reclamando da violência nos filmes (o exemplo citado na época foi com Matrix) e que as crianças precisavam ler mais a Turma da Mônica, então percebi uma incoerência de discurso, afinal, Mônica, Cebolinha e Cia não eram personagens tão moralmente estruturados assim... a Mônica é agressiva e bate em todos que a provocam, não leva desaforo para casa; o Cebolinha tem um distúrbio na fala e não recebe tratamento apropriado (hoje os pais seriam chamados pela escola para resolver o problema), sem falar que agride a Mônica verbalmente e quando ataca o coelhinho Sansão (assédio moral); o Cascão não toma banho e isto é aceito como "normal"; a Magali possui o pecado da gula o que também é "aceito como normal" uma criança comer daquele jeito e de forma tão egoísta quando não partilha.
(Os personagens da Disney também não eram diferentes).
Mas, não é uma crítica!
O que quero dizer é que nem por isso tivemos nossas mentes deturpadas por estes conceitos, muito pelo contrário, aprendemos a respeitar os outros, no nosso subconsciente sabíamos que aquelas atitudes não eram corretas, porque nossos pais também eram pessoas moralmente estruturadas.
O conceito de certo e errado estava em nós!
Ler ou assistir filmes sobre comportamentos mais agressivos talvez funcionem como catarse, não preciso manifestar agressões quando a minha imaginação já trabalhou estes conceitos ao vivenciar na literatura ou cinema...
Não tínhamos o comportamento doentio e deturpado desta nova geração que nada pode, que nada enfrenta, que não consegue controlar situações limítrofes. Uma geração cheia de direitos e nenhum dever, filhos de outra geração igualmente deturpada. Onde tudo é um ofensa, uma agressão.
Personagens como a Mônica e seus amigos sempre deixaram claro que mesmo no meio de tantas brigas a amizade ainda é um vínculo que supera todos os conflitos e diferenças de comportamento.
No final ser amigo é o mais importante!
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