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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Play misty for me (Perversa paixão)


Ontem enquanto estava esperando a energia voltar e com o notebook devidamente carregado assisti a um filme antigo que havia baixado: Perversa paixão (Play misty for me) de 1971. a primeira e única vez que havia assistido a este filme foi no milênio passado, na Globo, quando ela se dignava a passar filmes legendados de madrugada. Depois nunca mais... e num belo dia me lembrei... e será que consigo encontrar na internet? Bingo! Legenda de Portugal(acredito que legendado em 1970, pelas expressões empregadas). Na primeira vez que assisti imediatamente associei com Atração Fatal (1987) com a louca da Glenn Close - uma história repaginada!
Um bonitão se envolve com uma mulher aparentemente sensata, por uma noite apenas e se vê emaranhado com uma psicopata... 
Agora descobri que o filme foi dirigido pelo clint Eastwood, enganando com aquela carinha de bebê e já tinha 41 anos. 
Antes de saber deste fato, durante o filme ficava imaginando quem influenciou na trilha sonora, que por sinal é magnífica (só ela já vale o filme), porque era bem a cara do Eastwood, sei que ele adora jazz, que valoriza bastante a música em seus filmes e até toca (acredito que saxofone), e não é que ele era o responsável!!! 
É um suspense comum toque hichtcockiano (repare nas cenas com facas), e eu gosto de suspenses... mas é um tanto ingênuo, na década de 70 ainda havia passado nas telinhas tantos psicopatas e tantos crimes hediondos...
A paisagem também é linda... praias... penhascos... isolamento... cidade pequena... 
O filme tem as suas falhas, mas os pequenos detalhes compensam!!!  

sábado, 11 de janeiro de 2014

Ripper Street


Gosto das séries britânicas... são inteligentes, bons diálogos e curtas. 
Um exemplo é Ripper Street, ambientada no final do século XIX, no mesmo espaço e tempo que atuou Jack, o Estripador. A série não tem o Estripador como pano de fundo, ele apareceu, matou, sumiu, mas a vida segue e outros crimes precisam ser solucionados, não iriam mais ficar perdendo tempo com ele. 
Mostra uma cidade suja, corrupta, com muita miséria, uma polícia beirando à incapacidade de trabalhar porque não há recursos financeiros.
Os primeiros discursos sobre genética, para explicar as monstruosidades, as primeiras bombas irlandesas, a falta de tecnologia para descobrir a ação de venenos e drogas (o médico legista experimenta em si mesmo uma droga para entender o seu efeito) e até os primeiros homens bombas. Um período em que a prostituição era moralmente condenada mas não um crime, da mesma forma que produzir e distribuir drogas, uma vez que ainda não se conhecia a extensão da devastação provocada numa pessoa e suas consequências.
Como a Inglaterra conseguiu superar tamanha miséria e corrupção? Quem conseguiu??? 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mônica Parade


2013 foi o ano da Mônica do Maurício de Sousa. Ela completou 50 anos de publicação e foi um estouro o show de publicações e eventos para comemorar o aniversário da baixinha, dentuça e gorducha!


Gibi em forma de mangá...
Pequenos vídeos... até dos personagens bebês...


Mas... o que marcou mesmo foi o Mônica Parade! 
50 bonecos da Mônica foram distribuídos pela cidade de São Paulo... 50 artistas coloriram e customizaram as estátuas...  


Alguns trabalhos ficaram muito bonitos, repletos de detalhes, incluindo o coelhinho Sansão...
Infelizmente, outros nem tanto.


Eu estava me sentindo frustrada porque não conseguiria ver as estátuas... então a exposição foi finalizada no shopping Eldorado onde consegui vê-las (só não encontrei quatro)... Fiquei encantada com o que vi!


Afinal a Mônica faz parte da minha história... aprendi a ler com os gibis da Mônica e da Disney e estas coisas ficam marcadas para sempre na nossa memória e imaginário!


Ainda tenho um ou outro exemplar (esta minha mania de preservar o passado) mostrando como os traços foram evoluindo, como foram ficando mais rechonchuda.


Atualmente descobri que Maurício de Sousa tem a mesma idade do meu pai, e me pareceu estranho, porque achava ele bem mais velho... Típico... toda criança acha todo adulto muito velho! Mas, ao mesmo tempo é como se não tivesse envelhecido... sempre do mesmo jeito, o mesmo rosto... bem, nunca o encontrei pessoalmente para reparar nos detalhes.


Mas o incrível é como um personagem pode influenciar a tantos e por tanto tempo e ainda se manter atual.


Um dia uma professora estava reclamando da violência nos filmes (o exemplo citado na época foi com Matrix) e que as crianças precisavam ler mais a Turma da Mônica, então percebi uma incoerência de discurso, afinal, Mônica, Cebolinha e Cia não eram personagens tão moralmente estruturados assim... a Mônica é agressiva e bate em todos que a provocam, não leva desaforo para casa; o Cebolinha tem um distúrbio na fala e não recebe tratamento apropriado (hoje os pais seriam chamados pela escola para resolver o problema), sem falar que agride a Mônica verbalmente e quando ataca o coelhinho Sansão (assédio moral); o Cascão não toma banho e isto é aceito como "normal"; a Magali possui o pecado da gula o que também é "aceito como normal" uma criança comer daquele jeito e de forma tão egoísta quando não partilha.
(Os personagens da Disney também não eram diferentes).


Mas, não é uma crítica!
O que quero dizer é que nem por isso tivemos nossas mentes deturpadas por estes conceitos, muito pelo contrário, aprendemos a respeitar os outros, no nosso subconsciente sabíamos que aquelas atitudes não eram corretas, porque nossos pais também eram pessoas moralmente estruturadas. 
O conceito de certo e errado estava em nós!
Ler ou assistir filmes sobre comportamentos mais agressivos talvez funcionem como catarse, não preciso manifestar agressões quando a minha imaginação já trabalhou estes conceitos ao vivenciar na literatura ou cinema...
Não tínhamos o comportamento doentio e deturpado desta nova geração que nada pode, que nada enfrenta, que não consegue controlar situações limítrofes. Uma geração cheia de direitos e nenhum dever, filhos de outra geração igualmente deturpada. Onde tudo é um ofensa, uma agressão.


Personagens como a Mônica e seus amigos sempre deixaram claro que mesmo no meio de tantas brigas a amizade ainda é um vínculo que supera todos os conflitos e diferenças de comportamento. 
No final ser amigo é o mais importante!